quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Teu desde 27 de julho de 2014

Descobri o meu cansaço
nos olhos dela
ausentes de cor.

Compreendi que a aceito
mesmo sabendo
que a qualquer hora
vai abrir a porta
com a roupa mais justa
até no inverno
e me ouvir chorar atrás da porta.

Meu coração
vai ficar mais apertado
do que o corpo dela
contra o vestido
de couro sintético.

Ela vai socar
minha felicidade
enquanto
sai pela porta.

E ela me chama de amor
porque não sabe o meu nome
mas se for embora
rogo sem adeus
me chame
pelo codinome: Teu

Das tragadas do cigarro os lábios em aviso
"Não se iluda amor, tudo que sou não é nem meu"

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