quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Recito poesia de graça

Estou quase lúcida
E nua
Mas isso não importa
Esses traços
São arquivos autobiográficos
A lupa que tira o embaraço dos olhos
É de armação exagerada
Enquanto nasce uma espinha interna no nariz
Descubro a cicatriz na rua
Nessa curva
Que os dedos percorrem
À velocidade baixa
Uma manchete de jornal
Sua dor embrulhada
Esfregando a ferida
Um litro de cerveja gelada e
O dinheiro da passagem
Até seu coração

3 comentários:

  1. Recita de graça e com toda a graça e altivez de uma açucena de tez morena, que é eterna na sua poesia que habita meu coração.
    Por graça da tua criação,sinto-me vivo e repleto de paixão.

    ResponderExcluir
  2. Me sinto contigo quando te leio, e isso é tudo.
    Bom fim de semana e um abraço.

    ResponderExcluir