isso me lembra que preciso de um (ana)lista
só escrever sobre suas mágoas
me faz solitário
Sei em ti um jeito agridoce que me exala o paladar, um misticismo infernal, uma crença no amor que me arrepia. Alguém vai magoar teu coração outra vez, pequena. Você não teme o inverno tendo um coração tão alugável? O golpe que levo de suas retinas cristalinas me impedem de fugir para longe do quarto andar de Botafogo. A raiz de suas pernas é um lago movediço no qual me arrisco, me afundando, submergindo em seus dons obscuros de me sorrir zombando. Temo por demais a sua febre em meu pescoço, seus suspiros na hora de voltar pra casa às onze.
Aonde foi que eu perdi os meus instintos sacanas de não me apegar àquelas moças de saia curta?
Talvez debaixo dessa alma que leiloa meu coração gingado ao som do solo de Cícero
desculpa